Aprenda a dizer NÃO

Mascote do Clube da NegociaçãoPorque será que na actividade comercial escutar e dizer NÃO é tão difícil?

Na Escola fomos avaliados pelo “Sabes” (bom) ou pelo “Não sabes” (mau). Os nossos padrões de conduta foram sendo definidos através do que era suposto poder ser feito (sins), ou do que NÃO deveria ser feito... O NÃO foi-se assumindo na nossa vida como algo limitativo, castrante e indesejável.

A “antipatia social” pelo NÃO acentua-se quando, por timidez, comodidade ou “forma de estar na vida”, adquirimos uma tendência exagerada de “fugir ao NÃO”, convertendo essa tendência num hábito a que nos sentimos incapazes de escapar. 

 MAS PORQUE SERÁ TÃO DIFICÍL DIZER NÃO?
 Por timidez ou baixa auto-estima;
 Pelo desconforto que vivemos quando sentimos que o nosso NÃO poderá defraudar as expectativas da outra parte;
 Por considerar que dizer SIM é “politicamente mais correcto”, mais “fácil” ou mais “cómodo”...;
 Pela necessidade de nos sentirmos valorizados e admirados;
 Por esperarmos um retorno positivo dos outros em relação aos nossos comportamentos e às nossas decisões.

Esta “dependência” também pode dificultar a liberdade de sermos autênticos, prejudicando assim o exercício de responsabilidades pessoais e colectivas.

O que fazer para dizer NÃO?

Como a comunicação é o maior obstáculo à eficácia do ser humano e porque não aprendemos nada na vida através das pessoas que concordam em permanência com as nossas opiniões e pontos de vista, partilhamos com os membros do CLUBE DA NEGOCIAÇÃO, algumas estratégias para se saber dizer NÃO quando é necessário dizê-lo, sem contudo criar rupturas de relacionamento pessoal ou profissional.

USE A FORÇA DO SIM
Regra: O segredo das relações profissionais e pessoais está na CONFIANÇA! A CONFIANÇA fortalece-se quando o diálogo e as interacções não se apoiam em falsos SINS.

Técnica: Saber dizer NÃO através do SIM:

• Seja autêntico;
• Seja empático e mostre que compreende o ponto de vista do seu interlocutor;
 • Proporcione alternativas ao seu interlocutor;
 • Exponha e defenda os seus argumentos com convicção e através de factos;
 • Demonstre que é uma pessoa que sente, pensa e possui critérios
justos nas suas decisões;
• Peça feedback ao seu interlocutor.

Abençoado aquele cuja fama não brilha mais que a sua verdade.

Lembre-se que:

Dar, de forma adequada, prioridade às suas necessidades, opiniões e desejos não é uma manifestação de egoísmo, mas sim um sinal evidente de responsabilidade e maturidade. Ser justo depende, muitas vezes, da capacidade de se saber decidir em função de critérios objectivos.

Muitas vezes o respeito que os outros nos têm resulta do facto de observarem o nosso compromisso de sinceridade, respeito, responsabilidade e autenticidade para com os demais. Quem exerce o seu direito de dizer NÃO também pode ambicionar que os outros possam fazer o mesmo, favorecendo assim o desenvolvimento da relação assente numa comunicação mais objectiva e verdadeira.